[adrotate banner="3"]
DESTAQUESBRASIL

Conta de luz acumula cinco meses seguidos com bandeira vermelha e pesa no bolso do consumidor

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Desde junho, sistema tarifário mais caro pressiona a inflação e reflete baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas

A conta de luz dos brasileiros está sob bandeira vermelha há cinco meses consecutivos, variando entre os patamares 1 e 2, os mais caros do sistema tarifário. Desde junho, o acréscimo nas faturas tem pesado no orçamento das famílias e impactado diretamente a inflação.

Nos valores atuais, o patamar 1 adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, enquanto o patamar 2 eleva o custo para R$ 7,87 a cada 100 kWh.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a energia elétrica residencial foi um dos principais fatores de alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em setembro. A conta de luz subiu 10,31% no mês, contribuindo com 0,41 ponto percentual do total da inflação registrada.

Motivo: reservatórios em baixa e geração mais cara

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a manutenção da bandeira vermelha está relacionada ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, que permanecem abaixo da média histórica e reduzem a capacidade de geração de energia.

Com menor volume de água, o sistema elétrico nacional precisa acionar usinas termelétricas, cuja produção é mais cara, o que eleva o custo repassado aos consumidores.

Entenda como funcionam as bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel para refletir o custo real da geração de energia e estimular o uso consciente. As bandeiras variam conforme as condições de produção de eletricidade no país.

Confira os tipos e valores:

  • Bandeira verde: condições favoráveis, sem cobrança adicional.

  • Bandeira amarela: geração menos favorável, acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh.

  • Bandeira vermelha – patamar 1: geração mais custosa, acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh.

  • Bandeira vermelha – patamar 2: geração muito mais cara, acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh.

Histórico das bandeiras em 2025

  • Janeiro: Verde

  • Fevereiro: Verde

  • Março: Verde

  • Abril: Verde

  • Maio: Amarela

  • Junho: Vermelha (Patamar 1)

  • Julho: Vermelha (Patamar 1)

  • Agosto: Vermelha (Patamar 2)

  • Setembro: Vermelha (Patamar 2)

  • Outubro: Vermelha (Patamar 1)

A Aneel deve divulgar na sexta-feira (31) a bandeira tarifária válida para novembro, definindo se os consumidores continuarão sob a cobrança mais alta ou se haverá alívio nas contas de energia.

Deixe um comentário