CANTAGALO

Ataque em Blumenau muda rotina de escolas em Cantagalo

Alguns pais deixaram de levar os filhos para escolas e cmeis ou estão buscando antes da aula terminar. Reunião debateu o assunto e buscou acalmar os pais sobre a situação

 

O ataque a um centro de educação infantil de Blumenau (SC) na semana passada que deixou quatro crianças  mortas mudou a rotina de escolas e cmeis de todo o Brasil. Em Cantagalom a situação não é diferente. Há uma semana pais estão receosos e alguns até evitam de levar às crianças para a aula, enquanto outros enviam áudios o tempo todo para professores e diretores para saber se está tudo bem.

Na noite de ontem (11), uma reunião aconteceu no Centro Municipal de Educação Infantil Criança Feliz. O encontro, liderado pela diretora Márcia Cherpinski, teve como objetivo discutir o problema e buscar alternativas para aliviar a preocupação dos pais.

Pela manhã, a direção da escola esteve com o prefeito João Konjunski para convidá-lo a participar da reunião, mas ele informou que tinha um compromisso previamente agendado, porém disse que hoje (12) estaria em Curitiba e uma das reivindicações que apresentaria seria o envio de mais policiais militares para Cantagalo.

Há cerca de um mês, o Município contratou um porteiro que tem a função de recepcionar as crianças e entrega-las aos responsáveis no fim da aula. Até então, isso era feito pela própria diretora e professores. No encontro, que contou com a participação de boa parte dos pais de alunos, vereadores e a Polícia Militar, alguns encaminhamentos foram decididos.

As atividades das crianças que antes aconteciam no parquinho da quadra, agora são realizadas no saguão. Cabe salientar que a escola tem várias câmeras de segurança, mas não há uma pessoa monitorando em tempo real.

Durante o encontro, alguns pais sugeriram medidas como segurança armada, detector de metal e até cerca elétrica. Essas medidas, no entanto, não são possíveis adotá-las.

O encontro tratou exclusivamente do Cmei Criança Feliz e a segurança de seus alunos. Por orientação da Polícia Militar, as crianças terão acesso ao estabelecimento de ensino por apenas uma das três entradas, que fica na lateral onde o ônibus escolar para. As outras duas entradas ficarão com cadeado. No portão principal foi instalada uma campainha.

A pedagoga Joelma Ozana destaca que é preciso manter a calma, mas algumas medidas precisam ser tomadas como as que já foram adotadas. “É melhor prevenir, tomar atitudes agora, porque ninguém sabe o que passa na cabeça das pessoas”, destaca.

O presidente da Câmara de Vereadores, Ciro Abreu, que participou da reunião, afirmou que é preciso debater o tema já que muitos pais estão aflitos. “A diretora Marcia fez uma explanação muito pontual sobre essa situação, que existem muitas fake News, muitos áudios, muitas coisas que não verdades simplesmente com intuito de causar um terrorismo psicológico para os pais”, afirmou o vereador.

Os vereadores presentes se comprometeram em buscar soluções junto com o Executivo para encontrar soluções que diminuam essa sensação de insegurança que os pais vivem atualmente. “O enfoque maior foi tranquilizar os pais”, diz Ciro.

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