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ARQUIVO NACIONAL

Bolsonaro e a insatisfação militar nos anos 1980

Em junho de 1989, documentos confidenciais da Agência Central de Inteligência do Exército registraram a atuação do então vereador Jair Messias Bolsonaro (PDC-RJ) junto à classe militar. O parlamentar distribuiu folhetos a colegas de farda no Rio de Janeiro com cópias de reportagens da revista Veja, que denunciavam o clima de descontentamento dentro do Exército diante dos baixos salários pagos à oficialidade.

No material, Bolsonaro relatava que, desde sua posse em janeiro daquele ano, buscava soluções legislativas voltadas especialmente à família militar. Entre suas iniciativas estavam pedidos de equiparação salarial entre as Forças Armadas, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, além de um projeto de lei para garantir transporte gratuito a recrutas nos ônibus municipais.

Os documentos mostram ainda que Bolsonaro utilizava seu gabinete na Câmara Municipal como ponto de contato para receber demandas de militares ativos, inativos e pensionistas. A comunicação reforçava a crítica à falta de valorização da tropa, evocando a Constituição Federal e a legislação da época como base para as reivindicações.

A repercussão ocorreu em um contexto de crescente tensão: coronéis e oficiais intermediários já expressavam publicamente a insatisfação com a condução do Ministério do Exército, então chefiado pelo general Leônidas Pires Gonçalves. Para muitos analistas, o movimento simbolizava um embrião do sindicalismo militar, emergente no período de redemocratização.

👉 Este episódio marca um momento histórico em que Jair Bolsonaro, antes de se projetar nacionalmente, consolidava sua imagem como porta-voz da tropa no cenário político do Rio de Janeiro.

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