Em Roma, Lula afirma que “é hora de colocar os pobres no orçamento”

Presidente brasileiro participou de reunião internacional sobre combate à fome e destacou a necessidade de investimentos sociais concretos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (13), que o combate à fome e à pobreza depende de compromisso financeiro real dos governos. O discurso foi feito durante a reunião do Conselho de Campeões da Aliança contra a Fome e a Pobreza, em Roma, na Itália.
“Sejamos claros: sem recursos financeiros, não haverá transformação. É hora de colocar os pobres no orçamento”, declarou o presidente. Segundo ele, a inclusão social não pode se limitar a discursos ou promessas, mas precisa estar refletida nas políticas fiscais e nos investimentos públicos.
Lula afirmou que a existência da fome em um mundo com tantos avanços tecnológicos é um sinal de falha coletiva. “A persistência da fome e da pobreza é a prova mais dolorosa de que falhamos como comunidade global”, disse.
A Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza é uma iniciativa lançada pelo próprio governo brasileiro em novembro de 2024, durante a Cúpula do G20, e conta atualmente com mais de 200 membros, entre países, fundações, ONGs e instituições financeiras.
Apoio à Palestina e próximos compromissos
Durante o evento, Lula também anunciou apoio a programas voltados a mulheres e crianças na Palestina, afetadas pela guerra entre Israel e o Hamas. Segundo ele, é papel da comunidade internacional agir com solidariedade e priorizar a dignidade humana em todas as regiões do mundo.
O encontro contou com a presença dos ministros Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Mauro Vieira (Relações Exteriores).
O presidente ainda informou que não participará da próxima Cúpula de Líderes, marcada para novembro, por causa da proximidade com a COP30, que acontecerá em Belém (PA). Ele será representado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo ministro Wellington Dias.
Na conferência climática, o governo brasileiro pretende propor uma Declaração sobre Fome, Pobreza e Clima, reforçando a ideia de que segurança alimentar e sustentabilidade devem caminhar juntas.