Especial 41 anos: O baluarte da emancipação
Cantagalo deve sua emancipação política a um grupo de líderes locais que não mediram esforços para que o velho distrito se tornasse independente. Entre eles, se destaca Francisco dos Santos Leal, o “Chico Santo”, como era chamado.
Catarinense natural de Caçador, nasceu em 1931, mas em 1951 fixou sua morada no distrito de Canta Galo – na época se escrevia separado. Iniciou suas atividades na agricultura e mais tarde também investiu na pecuária.
Convidado pela população, em 1968 disputou uma vaga no Legislativo de Guarapuava e foi eleito com 868 votos, na época, o segundo vereador mais votado da Arena (Aliança Renovadora Nacional). Em 1972 foi reeleito e presidiu a Câmara de Vereadores de Guarapuava, município a qual Cantagalo pertencia.
Sempre defendeu a tese de que Cantagalo possuía todas as condições para se tornar um município. Sua luta e argumentação convenceram os demais colegas do Legislativo da necessidade de tornar Cantagalo um município independente e ajudaram a influenciar na esfera estadual para a emancipação.
O vereador que representava Cantagalo se destacou como presidente do Legislativo de Guarapuava e deu visibilidade aos trabalhos dos vereadores ao criar, em 1973, o Comitê de Imprensa. Pelos relevantes serviços prestados a Cantagalo e região foi agraciado com o título de comendador.
Francisco dos Santos Leal disputou a primeira eleição municipal concorrendo ao cargo de prefeito pelo PDS (Partido Democrático Social). Fez 1.712 votos e ficou em segundo lugar.
Morreu de forma trágica, assassinado em 9 de agosto de 1985.