Lula decide indicar Flávio Dino ao STF e Paulo Gonet à Procuradoria-Geral da República
O presidente Lula (PT) decidiu indicar Flávio Dino (PSB) para o STF e Paulo Gonet para liderar a PGR, com o anúncio esperado nesta segunda-feira. Estas escolhas são estratégicas e aguardam aprovação no Senado antes do recesso parlamentar.
O presidente Lula (PT) está prestes a anunciar duas nomeações significativas: Flávio Dino (PSB) para o Supremo Tribunal Federal (STF) e Paulo Gonet para a Procuradoria Geral da República (PGR). O anúncio é esperado nesta segunda-feira (27), pouco antes de Lula embarcar para a Arábia Saudita.
A decisão do presidente, confirmada aos aliados neste domingo (26), surge após uma espera atípica de mais de 50 dias, deixando os cargos vagos por um longo período. Flávio Dino, de 55 anos, já se destacava como favorito para o STF desde a aposentadoria de Rosa Weber, dada sua vasta experiência jurídica e política. Dino, que nasceu em São Luís, foi juiz federal, secretário-geral do CNJ, presidente da Associação dos Juízes Federais, assessor da presidência do STF, deputado federal, presidente da Embratur no governo de Dilma Rousseff, e governador do Maranhão por dois mandatos antes de assumir o Ministério da Justiça.
Embora Dino fosse o favorito, houve momentos de incerteza devido a sua gestão no Ministério da Justiça, especialmente durante crises de segurança pública em estados como Bahia e Rio de Janeiro, e por embates com parlamentares. No entanto, Lula e outros aliados defenderam firmemente sua indicação.
Quanto à PGR, Paulo Gonet, de 62 anos, ingressou no MPF em 1987 e é conhecido por sua associação com Gilmar Mendes na criação do IDP e como sócio do escritório de advocacia Sergio Bermudes. Gonet emergiu como um favorito, apoiado por ministros do STF como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, apesar de confrontos recentes entre o Senado e o Supremo.
As sabatinas e votações de Dino e Gonet prometem ser centrais nas próximas semanas no Senado, com a expectativa de que suas indicações sejam aprovadas antes do recesso parlamentar. Além destas, o Senado deve aprovar outras nomeações de Lula para instituições chave como o Banco Central, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Defensoria Pública da União, sob um acordo com a cúpula da CCJ e do Senado para concluir estas votações até o fim do ano.
