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Polícia Federal analisa discurso de Eduardo Bolsonaro que compara professores a traficantes

Foto: Reprodução

Polícia Federal investigará possíveis crimes em falas de Eduardo Bolsonaro

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ordenou à Polícia Federal (PF) a análise dos discursos proferidos durante o ato armamentista realizado em Brasília no último domingo (9). O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, esteve presente no evento. O objetivo da investigação é identificar indícios de eventuais crimes, especialmente incitações ou apologias a atos criminosos, conforme informado pelo ministro por meio das redes sociais.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) divulgou parte do discurso de Eduardo Bolsonaro em sua conta no Twitter. No palco montado em frente ao Congresso Nacional, o deputado criticou o Ministério comandado por Dino e fez uma comparação polêmica entre professores e traficantes de drogas.

Eduardo Bolsonaro declarou: “Não há diferença entre um professor doutrinador e um traficante de drogas que tenta sequestrar nossos filhos para o mundo do crime. Talvez o professor doutrinador seja pior”.

Além disso, em consonância com o discurso de seu pai, Eduardo afirmou que o Brasil está caminhando na mesma direção da Venezuela. Ele disse: “A Venezuela é o país mais violento do mundo, e o Brasil vai voltar a caminhar nesse sentido. Infelizmente, vai roubar muitas vidas de inocentes, porque os responsáveis pelo Ministério da Justiça não querem dar acesso à legítima defesa a todos nós”.

O deputado também criticou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro. Eduardo ressaltou: “Na CPI do 8 de janeiro, vi pessoas favoráveis às armas sendo atacadas e tentaram vincular o movimento pró-armas ao evento de 8 de janeiro. Sabe o que isso significa? Significa que vocês estão fazendo um excelente trabalho”.

O grupo que se manifestou no domingo defende mudanças na legislação do país relacionadas ao porte e à posse de armas. Vale ressaltar que esse foi o primeiro evento realizado com essa temática.

É importante destacar que o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), adotou uma postura contrária ao armamento da população, promovendo um recadastramento de armas de fogo no país. Essa medida atingiu as armas adquiridas a partir de 7 de maio de 2019, data do decreto de Bolsonaro que ampliou o acesso dos civis aos armamentos.

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