Tropa de elite dos EUA é vista próxima à Venezuela
Helicópteros “Night Stalkers”, conhecidos por eliminar Bin Laden, realizam treinamento militar no Mar do Caribe
Helicópteros do 160º Regimento de Aviação de Operações Especiais dos Estados Unidos, conhecidos como “Night Stalkers”, foram vistos sobrevoando a região do Mar do Caribe, próxima à costa da Venezuela. O movimento reforça a crescente tensão entre os governos de Donald Trump e Nicolás Maduro.
De acordo com o The Washington Post, as aeronaves foram avistadas no início do mês, em uma ação classificada oficialmente como treinamento militar, mas fontes afirmam que a tropa pode estar em prontidão para possíveis operações contra o tráfico internacional de drogas. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram os helicópteros sobrevoando a área de Trinidad e Tobago, a cerca de 145 km do território venezuelano.
Quem são os “Night Stalkers”
Os “Night Stalkers” são uma das forças mais secretas e letais do Exército americano, especialistas em operações de alta precisão e baixa visibilidade. Eles ficaram mundialmente conhecidos pela operação que resultou na morte de Osama Bin Laden, em 2011, no Paquistão.
As aeronaves MH-60 Black Hawks utilizadas são modificadas para voos furtivos, capazes de entrar em espaço aéreo inimigo sem serem detectadas. Segundo o site Global Defense News, o regimento é treinado para atuar em áreas politicamente sensíveis, o que tem levantado especulações sobre o real motivo da presença militar na região.
Presença militar americana no Caribe
A movimentação ocorre após Trump determinar o envio de navios de guerra ao Caribe. Atualmente, seis embarcações americanas estão posicionadas em águas latino-americanas, incluindo três destróieres equipados com mísseis Tomahawk e o sistema de defesa Aegis.
Esses navios têm capacidade para transportar tropas, desembarcar unidades militares e realizar ataques de precisão, representando uma clara demonstração de força dos EUA na região.
Conflito político e militar
Trump declarou guerra aos cartéis de drogas classificados como organizações terroristas e autorizou a CIA a realizar operações secretas na Venezuela. Em resposta, o governo Maduro apresentou uma queixa à ONU, acusando Washington de tentar uma “mudança de regime”.
O regime venezuelano afirma que mobilizou mais de cinco mil mísseis de defesa aérea em posições estratégicas pelo país, em uma tentativa de demonstrar capacidade de reação.
A tensão cresce enquanto os EUA oferecem US$ 50 milhões por informações que levem à captura de Nicolás Maduro sob acusação de tráfico internacional de drogas.
