Usina solar do Aterro de Cascavel economiza mais de R$ 2 milhões em menos de um ano
Com 10 meses de operação, a estrutura garante compensação de energia a 148 unidades públicas e reforça o compromisso do município com a sustentabilidade e a eficiência no uso dos recursos públicos

A usina fotovoltaica instalada no Aterro Sanitário de Cascavel acaba de completar dez meses de operação contínua e já apresenta resultados expressivos. Nesse período, a estrutura gerou cerca de 321 mil kWh por mês, o que representa aproximadamente R$ 210 mil em créditos de energia elétrica destinados a 148 unidades consumidoras públicas do município.
As Secretarias de Educação e Saúde são as que mais recebem créditos, já que concentram o maior número de prédios públicos com consumo de energia. Também são beneficiadas as secretarias de Meio Ambiente, Assistência Social, Planejamento e Gestão e Esportes. “Com menos de um ano de funcionamento, a usina já compensa cerca de 90% da estimativa total de consumo dessas unidades, mostrando o excelente desempenho do sistema”, explica o engenheiro químico do Aterro Sanitário, Elmo Rowe Jr.
Instalada em uma área de 50 mil metros quadrados, a usina conta com 5 mil placas solares de 660 watts cada, totalizando 3,3 megawatts de potência. O sistema é composto ainda por 10 inversores de 250 kW e 5 transformadores de 500 kVA, com vida útil estimada em 20 anos, mantendo até 80% da capacidade de geração nesse período.
O investimento total no projeto foi de aproximadamente R$ 16 milhões, sendo R$ 3 milhões provenientes da Itaipu Binacional, R$ 13 milhões financiados pelo BRDE e apoio da Copel na interligação da rede de distribuição.
Inicialmente, a proposta da usina era abastecer os pontos de carregamento dos ônibus elétricos. No entanto, Elmo destaca que, após estudos técnicos, a administração municipal optou por direcionar a compensação para unidades do Grupo B, como escolas e unidades de saúde, onde o valor do quilowatt compensado é mais vantajoso. “Essa decisão permite uma economia mensal entre R$ 70 mil e R$ 90 mil, que retorna diretamente em benefícios aos serviços públicos”.
A manutenção da usina é realizada pelos próprios servidores do aterro sanitário, que cuidam da limpeza e da conservação da área. Já os serviços elétricos mais complexos ficam sob responsabilidade de empresas especializadas.
Planos para o futuro
Sem espaço físico para ampliação da estrutura solar atual, o Município estuda agora expandir a geração de energia a partir do biogás produzido no próprio aterro. A proposta prevê o aumento da capacidade instalada de 300 kW para 1.000 kW, ampliando ainda mais a matriz de energia limpa utilizada em prédios públicos de Cascavel.
Prefeitura de Cascavel