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ARQUIVO NACIONAL

Vereador de Guarapuava foi investigado por enriquecimento ilícito nos anos 1970

Documentos revelam acusações de corrupção administrativa e uso indevido de cargos públicos contra Benedito de Paula Louro

Um processo instaurado em 1973 pela Comissão Geral de Investigações (CGI) do Ministério da Justiça aponta que o então vereador de Guarapuava, Benedito de Paula Louro, foi investigado por supostos atos de corrupção administrativa e enriquecimento ilícito durante o exercício do mandato

De acordo com os registros, a Subcomissão da CGI no Paraná determinou a apuração de indícios de irregularidades que remontavam ao período em que Louro atuou como fiscal da Polícia Rodoviária, cargo do qual foi aposentado compulsoriamente por determinação do Ato Institucional nº 5. Relatórios militares da época relatam que o parlamentar teria perdoado infrações de trânsito em troca de favores políticos, utilizado carimbos oficiais para fins particulares e até explorado comercialmente madeira retirada de áreas de domínio público.

Após a cassação de seu primeiro mandato na Câmara de Guarapuava, em 1967, Louro assumiu a Secretaria da Prefeitura de Pinhão, onde, segundo testemunhos anexados ao processo, teria cometido novas irregularidades. Entre elas, a compra de veículos sem licitação, a nomeação de pessoas sem qualificação para cargos públicos e o uso de recursos municipais para fins pessoais e eleitorais

As denúncias também envolviam sua ligação com líderes políticos da época, como João de Matos Leão e João Mansur, de quem teria sido cabo eleitoral. O relatório classificava Louro como um “agitador, elemento sem moral, que vive enrolando todo mundo para seu próprio benefício”

O caso gerou grande repercussão regional, especialmente em Guarapuava e Pinhão, revelando a tensão entre práticas políticas locais e a repressão administrativa imposta durante o regime militar.

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