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DESTAQUESSEGURANÇA

“Abrigo da morte” cobrava R$ 600 e deixava cães morrerem de fome

PCDF/Divulgação

Polícia encontrou animais mortos em decomposição e outros em estado crítico em espaço clandestino de Planaltina; responsável foi preso.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desmantelou, nesta quarta-feira (3/9), um abrigo clandestino de animais em Planaltina que funcionava como lar temporário pago. O local ficou conhecido entre os investigadores como “abrigo da morte”, após a descoberta de cerca de dez cães mortos em diferentes estágios de decomposição e outros dois sobreviventes em grave situação de desnutrição.

A ação foi conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA) depois de denúncia feita por uma jornalista, que relatou mortes de cães deixados sob os cuidados do espaço. Quando chegaram ao endereço, os policiais encontraram os corpos espalhados em baias, muitos deles com sinais de fome extrema. Um dos animais chegou a ser localizado preso às grades, em aparente tentativa de fuga.

Cobrança irregular

De acordo com a investigação, os tutores pagavam até R$ 600 por mês, além da ração, para manter os cães no local. Apesar disso, os animais eram submetidos a abandono, fome e condições insalubres. Testemunhas relataram ainda que o responsável utilizava produtos químicos para acelerar a decomposição das carcaças e disfarçar o mau cheiro, que já incomodava vizinhos.

O responsável, um jovem de 21 anos, foi preso em flagrante e vai responder por sete crimes de maus-tratos, previstos no artigo 32 da Lei 9.605/98, sendo cinco deles agravados pelo resultado morte. A PCDF não descarta que o número de vítimas aumente, já que a perícia segue apurando a situação no imóvel.

Os dois cães sobreviventes foram resgatados e entregues aos cuidados da jornalista que denunciou o caso.

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