Konjunski admite redução no atendimento da UPA e pede compreensão da população

Cantagalo (PR) – Em entrevista concedida nesta terça-feira (20) ao apresentador e vice-prefeito Ponciano Abreu, na Rádio T, o prefeito de Cantagalo, João Konjunski, abordou a grave crise financeira enfrentada pelo município e anunciou a redução no atendimento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Apesar dos boatos que circulam na cidade, Konjunski negou que a unidade será fechada.
“A UPA só será fechada quando a nova unidade estiver pronta”, garantiu o prefeito. Em outras palavras, ele afirmou que as especulações sobre o encerramento das atividades partem de pessoas que torcem para que as coisas deem errado.
Segundo Konjunski, a UPA continuará funcionando 24 horas durante a semana, mas deixará de atender aos sábados e domingos. A medida foi motivada pelo corte de recursos provenientes de emendas parlamentares. “Mais da metade das emendas foram cortadas”, explicou.
Isso revela o quanto o município é dependente dos deputados para manter a saúde funcionando.
O prefeito afirmou que está governando com os 15% constitucionais obrigatórios destinados à saúde e que a decisão de reduzir o atendimento visa evitar dívidas com os médicos. Ele explicou que foi feito um balanço e para o Município não ficar devendo tomou essa decisão. “Não é por maldade, é por necessidade”, destacou.
Mesmo com a redução, haverá um enfermeiro de plantão na UPA nos fins de semana, além de dois veículos disponíveis para transportar pacientes em situações mais graves para hospitais em Guarapuava ou Laranjeiras do Sul. “Não vamos deixar ninguém perecer”, afirmou.
Konjunski também pediu o apoio da população. “Aquele que puder deixar para consultar na segunda, ajude-nos”, afirmou. E quem tiver condições de buscar atendimento particular, segundo o prefeito também estará ajudando a aliviar o sistema público.
O prefeito revelou ainda que somente no Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS), em Guarapuava, os custos com exames e consultas somam cerca de R$ 100 mil por mês. A dívida do município com o consórcio já chega a aproximadamente R$ 400 mil.
A entrevista foi encerrada com um apelo direto à comunidade: “Cantagalo, conte com a gente. Não é por maldade, mas é por necessidade.”