Moraes mantém prisão preventiva de tenente-coronel envolvido em investigação de golpe
Rodrigo Bezerra, conhecido como “kid preto”, segue detido no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta sexta-feira (25/4) manter a prisão preventiva do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, investigado por sua suposta participação em uma tentativa de golpe. O oficial, conhecido como “kid preto”, está detido desde novembro de 2024 nas instalações do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB).
A defesa de Bezerra havia solicitado a revogação da prisão, alegando que o tenente-coronel não participou de uma reunião no dia 28 de novembro de 2022, que teria sido organizada para planejar ações destinadas a pressionar os comandantes do Exército a aderir ao golpe de Estado. A defesa também apresentou imagens de Rodrigo Bezerra em um clube aquático no dia da reunião, o que, segundo seus advogados, comprova que ele não estava presente no evento.
Tentativa de entrada de equipamentos proibidos
Bezerra segue preso no Batalhão de Polícia do Exército desde novembro, e suas visitas foram suspensas após um incidente envolvendo sua irmã, Dhebora Bezerra de Azevedo. Em 28 de dezembro, ela tentou entrar no batalhão trazendo uma caixa de panetone com equipamentos eletrônicos escondidos, incluindo um fone de ouvido. O alarme de segurança foi acionado durante a inspeção, e a irmã do tenente-coronel foi questionada sobre o conteúdo da caixa, sendo o fone de ouvido identificado.
Decisão sobre a prisão preventiva
Apesar dos argumentos da defesa, o ministro Moraes determinou a manutenção da prisão preventiva de Bezerra, apontando a continuidade da investigação e a necessidade de garantir a ordem pública e a integridade das apurações. A decisão também reflete a preocupação com os desdobramentos da tentativa de golpe de Estado e com a necessidade de evitar possíveis interferências nas investigações.
O tenente-coronel continuará preso enquanto as investigações sobre sua possível participação no golpe prosseguem. O caso segue em apuração, com as autoridades analisando todos os envolvidos na tentativa de subverter a ordem democrática.
