Movimento faz ato em Cascavel para pedir contagem pública de votos
Grupo que defende impressão do sufrágio fez divulgação na tarde deste domingo na Avenida Tancredo Neves, em Cascavel
Cascavel (PR) – Um movimento que defende a contagem pública de votos realizou uma manifestação na tarde deste domingo (22) na Avenida Tancredo Neves, em Cascavel, (PR), para divulgar o projeto. O movimento, que defende maior transparência e confiança no processo eleitoral, teve concentração em frente ao Fórum da Comarca de Cascavel, onde os participantes explicaram ao público como funcionaria a proposta de contagem diferenciada.
O projeto, atualmente em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, propõe um procedimento que tornaria a recontagem de votos mais clara e acessível. Segundo os defensores da medida, essa alteração fortaleceria o sistema democrático brasileiro, garantindo mais publicidade, integridade e confiança por parte dos eleitores no processo eleitoral, evitando questionamentos como os ocorridos nas últimas eleições, quando surgiram alegações de fraude.
De acordo com Édio Santos, um dos líderes do movimento, o objetivo principal da iniciativa é evitar que dúvidas sobre a legitimidade dos resultados eleitorais persistam, como aconteceu nas eleições de 2022.
O sistema proposto mantém o uso das urnas eletrônicas, mas adiciona uma etapa em que um comprovante físico do voto é gerado e depositado em uma urna separada. O processo de votação não mudaria. O eleitor continua votando eletronicamente, mas o comprovante impresso seria gerado e cairia em uma urna física. Isso possibilitaria uma verificação independente dos votos, na avalição do movimento.
Édio também destacou a semelhança com o modelo adotado recentemente na Venezuela, onde o comprovante físico foi fundamental para a contestação dos resultados. “É muito similar ao que aconteceu recentemente na Venezuela, onde só foi possível a contestação por parte do grupo que protestou, porque tinha o comprovante”, afirmou.
O movimento é nacional e está organizado atualmente em 53 cidades brasileiras.