Trump debocha de líderes mundiais: “Nos ligam e puxam meu saco”

Washington (EUA) – Em discurso durante um jantar do Comitê Nacional Republicano do Congresso (NRCC), na noite de terça-feira (8), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que diversos líderes mundiais estariam buscando com urgência firmar acordos comerciais com os EUA após a imposição de tarifas elevadas a parceiros internacionais.
Segundo Trump, os países estão “desesperados para fazer um acordo”, em reação ao novo pacote tarifário anunciado pelo ex-presidente. “Esses países estão nos ligando, puxando o meu saco. Eles estão doidos para fazer um acordo. ‘Por favor, por favor, senhor, me deixe fazer um acordo’”, declarou, utilizando a expressão em inglês “kissing my ass”.
O comentário foi feito em um momento de crescente tensão econômica global, com fortes perdas nos mercados e receios de recessão provocados pelas políticas comerciais dos EUA.
China é alvo principal das novas tarifas
A partir desta quarta-feira (9/4), todas as importações da China passam a ser taxadas com tarifa de 104%, segundo o plano anunciado por Trump. Em resposta, o governo chinês declarou que tomará “medidas firmes e contundentes” para defender seus interesses, prometendo “lutar até o fim” na disputa comercial.
Tarifas recíprocas e negociações
Trump defendeu a política de tarifas chamadas de “recíprocas”, implementadas no início de abril. Segundo ele, os Estados Unidos sairão “muito melhor” economicamente como resultado da nova abordagem.
“Vejo algum republicano rebelde, algum sujeito que quer se exibir, dizer: ‘Acho que o Congresso deveria assumir as negociações’. Deixe-me dizer: você não negocia como eu negocio”, afirmou.
De acordo com Trump, países como Japão, Coreia do Sul e Itália estariam entre os que buscam reabrir negociações para evitar as tarifas do que ele chamou de “Dia da Libertação”.
As novas medidas comerciais têm provocado reações divergentes dentro do próprio Partido Republicano e ampliam o debate sobre o papel dos Estados Unidos no comércio global, especialmente em meio às incertezas econômicas.
Com informações da Newsweek.