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A oito dias de acontecer, júri popular de bolsonarista acusado de matar tesoureiro do PT é adiado

Foto: Arquivo pessoal

O júri popular do policial penal bolsonarista Jorge Guaranho, acusado de assassinar o tesoureiro do PT Marcelo Arruda, foi adiado para 4 de abril de 2024. O julgamento, inicialmente previsto para 7 de dezembro deste ano, foi postergado devido a questões processuais levantadas pela defesa do réu. Guaranho, que está detido há mais de um ano, responde por homicídio duplamente qualificado.

A defesa de Guaranho manifestou oposição à inclusão de um laudo pericial no processo, alegando não ter sido intimada ou participado da produção dessa prova. Os advogados do acusado argumentam que o laudo foi produzido sem observância dos princípios constitucionais de defesa, alegando que foi feito “na surdina”. O laudo em questão refere-se a informações obtidas do celular de Claudinei Coco Esquarcini, responsável pelo sistema de vigilância no local do crime.

Este laudo revelou que os registros de acesso às imagens de vigilância foram apagados dois dias após o assassinato de Marcelo Arruda, que ocorreu em 9 de julho. Claudinei Coco Esquarcini, que cometeu suicídio sete dias após a exclusão dos dados, era encarregado das senhas de acesso do circuito de monitoramento da Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu, local do crime.

A defesa de Guaranho argumenta que não teve acesso adequado às evidências e informações relacionadas ao suicídio de Esquarcini, nem ao conteúdo das mídias inseridas no laudo, o que, segundo eles, prejudica a defesa por desconhecer a origem e não poder analisar completamente o conteúdo da prova.

Os advogados do réu também solicitaram acesso ao celular apreendido de Claudinei para comparar com o laudo pericial apresentado. Na decisão de redesignação do julgamento, o juiz Hugo Michelini Júnior pediu informações à Vara Criminal da Comarca de Medianeira sobre a situação atual do celular de Claudinei.

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