Bolsonaristas e petistas definem estratégias para atos do 7 de Setembro

Com Bolsonaro em prisão domiciliar, aliados planejam atos em capitais pela manhã e concentração na Paulista à tarde; PT aposta em narrativa de soberania nacional.
As manifestações de 7 de Setembro, que neste ano cai em um domingo, prometem ser marcadas por uma disputa de narrativas entre bolsonaristas e petistas. Ambos os grupos já convocaram atos em várias cidades brasileiras, cada qual com estratégias próprias para mobilizar apoiadores.
Mobilização bolsonarista
Com Jair Bolsonaro em prisão domiciliar, aliados do ex-presidente articulam formas de garantir grande adesão aos atos da direita. Uma das estratégias é realizar manifestações nas capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, ainda pela manhã, para que lideranças possam se deslocar a tempo para o ato principal, marcado para a Avenida Paulista, em São Paulo, no período da tarde.
Outro movimento é a articulação da presença de Michelle Bolsonaro como figura central do protesto paulista. Sem o ex-presidente, a ex-primeira-dama deve ser o principal destaque da mobilização. Aliados ainda acreditam que o julgamento de Bolsonaro no STF, iniciado nesta semana, pode ampliar a adesão da base bolsonarista.
Estratégia petista
Na mesma data, o Partido dos Trabalhadores (PT) também programou manifestações em diversas cidades. A ideia é concentrar a narrativa em torno da defesa da soberania nacional, utilizando inclusive o verde e amarelo como símbolo. A sigla aposta em ressignificar os atos da independência como espaço de afirmação democrática e de disputa simbólica com a direita.