Justiça autoriza extradição de policial que atropelou e matou quatro pessoas em Curitiba
Em julho de 2018, o policial militar que conduzia uma viatura da corporação atropelou quatro pessoas na Linha Verde. Ele desertou da corporação e foi para os Estados Unidos

Curitiba (PR) – A 1ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba atendeu pedido do Ministério Público do Paraná e solicitou a expedição de mandado de extradição de um homem denunciado pelo crime de homicídio doloso (dolo eventual), que estava foragido nos Estados Unidos. Em julho de 2018, o policial militar causou a morte de quatro pessoas na Linha Verde (via no bairro Atuba, na capital) ao conduzir uma viatura em velocidade acima da permitida. Na época dos fatos, ele era policial militar, mas, ao sair do país, desertou-se da Corporação.
Ao tomar conhecimento de que o réu estaria residindo no estado norte-americano de Utah, a 3ª Promotoria de Justiça de Crimes Dolosos contra a Vida requereu a inclusão de seu nome na lista da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). Recentemente, foi comunicado à unidade ministerial que o denunciado se encontrava detido naquele país por violação de leis migratórias. O pedido de extradição será formulado pelo Tribunal de Justiça, a partir do Setor de Cooperação Jurídica Internacional, em resposta ao pedido da Promotoria de Justiça de cumprimento do mandado de prisão já existente contra o policial.
Na data do crime – 31 de julho de 2018 –, o policial militar estava lotado na 3ª Companhia do 20º Batalhão da Corporação. O MPPR sustentou na denúncia, oferecida em fevereiro de 2019, a prática de homicídio doloso qualificado por ter resultado em perigo comum.
Todas as vítimas fatais estavam no ponto de ônibus, à espera do transporte coletivo, quando foram atropeladas. Elizandra Maltezo Araújo Lustoza, de 32 anos e Vergínia Gouvea Enes, de 67 anos, morreram no local. Já Fabiana Maria da Silva, de 29 anos, e Franciele Aparecida dos Santos, de 33 anos, chegaram a ser socorridas e encaminhadas a um hospital, mas também não resistiram