Londrina e o restaurante Casarão
Em meio ao ritmo acelerado da vida moderna, um restaurante londrinense se destaca por resgatar memórias gastronômicas e culturais de décadas passadas. O Casarão, localizado na avenida Maringá, 899, é um estabelecimento de alimentação e um portal para uma viagem no tempo, repleto de histórias e tradições.
Fundado em 26 de março de 1975 pelo argentino naturalizado brasileiro Juan Capel Molina, O Casarão rapidamente se tornou um ponto de encontro para famílias, amigos e profissionais de diversas áreas. Suas acolhedoras varandas e amplo salão interno foram palco de inúmeras reuniões, confraternizações e até mesmo acordos comerciais.
Dos anos 1970 aos 1990, o restaurante era conhecido por sua atmosfera aconchegante e sua culinária variada, que incluía saladas, carnes na brasa, porções e aperitivos. Políticos, empresários e cidadãos de Londrina adotaram o local como um cenário propício para negócios e momentos de descontração.
Após o falecimento de Juan Capel Molina em 2000, o estabelecimento passou por uma breve transição, abrigando a Happen Pizza por um período, antes de ficar desocupado por cinco anos. No entanto, a nostalgia e o desejo de preservar essa parte da história gastronômica de Londrina levaram um grupo de empresários locais a retomar o legado do Casarão.
Com a colaboração da família Molina, não apenas o nome do restaurante foi resgatado, mas também a essência do cardápio original. O projeto arquitetônico preserva as características de rusticidade e conforto que marcaram os tempos de almoços e jantares nas décadas passadas, transportando os clientes para uma época em que a culinária era mais do que apenas uma refeição, era uma experiência compartilhada.
O resgate desse patrimônio gastronômico e cultural é uma prova de que as tradições culinárias não são apenas um reflexo da identidade de um povo, mas também uma forma de transmitir e preservar memórias coletivas. O Casarão é, portanto, um convite a celebrar a riqueza da história de Londrina através do paladar e da convivência.
Fontes: Acervo Folha de Londrina / Acervo Londrina Histórica.
