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Moraes diz que Bolsonaro pode ser absolvido, mas seguirá inelegível

Antonio Augusto/STF

É possível que Bolsonaro seja absolvido no processo criminal, porque o julgamento está apenas começando.

Brasília (DF) – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou em entrevista à revista norte-americana The New Yorker que não acredita na possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reverter sua inelegibilidade e voltar ao poder.

A declaração foi publicada na edição da última segunda-feira (7/4), em um perfil assinado pelo jornalista Jon Lee Anderson, que traça a trajetória e influência do ministro no cenário político e institucional brasileiro.

Questionado sobre a chance de retorno de Bolsonaro à Presidência, Moraes respondeu:

“É possível que Bolsonaro seja absolvido no processo criminal, porque o julgamento está apenas começando. Mas ele tem duas condenações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) [que resultaram em] inelegibilidade. Então, não há possibilidade de seu retorno — porque ambos os casos já foram apelados e agora estão no Supremo Tribunal Federal. Somente o Supremo Tribunal Federal poderia revertê-los, e não vejo a menor possibilidade de isso acontecer.”

Outros nomes da família podem disputar, diz Moraes

Durante a entrevista, Moraes avaliou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ou um dos filhos do ex-presidente poderiam eventualmente disputar a Presidência da República com seu apoio. No entanto, ressaltou que nenhum deles possui as mesmas conexões com as Forças Armadas que Jair Bolsonaro manteve durante seu mandato.

Bolsonaro réu por tentativa de golpe

No último dia 26 de março, a Primeira Turma do STF aceitou uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), tornando Bolsonaro e outros sete aliados réus por suposta tentativa de golpe para anular o resultado das eleições presidenciais de 2022, vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Moraes negou qualquer tipo de julgamento parcial contra o ex-presidente.

“A responsabilidade de cada pessoa agora tem que ser determinada no tribunal, porque é quando eles apresentarão sua defesa”, afirmou. “Mas toda a narrativa de perseguição política, a alegação de inimizade pessoal, tudo isso entrou em colapso, porque não foi apenas a Polícia Federal que os acusou — o próprio procurador-geral decidiu prestar queixa.”

A entrevista marca mais um capítulo nas discussões em torno da atuação do Judiciário e do futuro político do ex-presidente, que atualmente está inelegível até 2030 por decisão do TSE.

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