Trump revoga regras de racionamento de água: “Gosto de lavar meu lindo cabelo”

A medida desmantela normas estabelecidas durante os governos de Barack Obama e Joe Biden, que visavam à economia de água e energia.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a provocar polêmica ao assinar, nesta quarta-feira (9), um decreto que revoga as restrições no fluxo de água em chuveiros, torneiras e outros equipamentos domésticos. A medida desmantela normas estabelecidas durante os governos de Barack Obama e Joe Biden, que visavam à economia de água e energia.

Durante a assinatura da nova ordem executiva na Casa Branca, Trump justificou a mudança com uma declaração inusitada:

“Gosto de tomar um bom banho e cuidar do meu lindo cabelo. Tenho que ficar debaixo do chuveiro por 15 minutos até conseguir me molhar. Sai gota por gota. É ridículo”, afirmou.

Fim das restrições

As regras anteriores determinavam um limite de fluxo de água por minuto em equipamentos como chuveiros, lava-louças e torneiras, com o objetivo de reduzir o consumo doméstico e preservar recursos naturais. Com a nova ordem, esse controle deixa de existir, liberando o uso total da pressão d’água.

Segundo comunicado oficial da Casa Branca, Trump está “desfazendo a guerra da esquerda contra a pressão d’água”, e devolvendo aos americanos a “liberdade de tomar banho”.

“A ordem liberta os americanos das regulamentações excessivas que transformaram um item doméstico básico em um pesadelo burocrático”, declarou o governo.

Impactos ambientais e críticas

Grupos ambientalistas e defensores da eficiência energética reagiram negativamente à medida. O Appliance Standards Awareness Project (ASAP), organização voltada à economia de energia, criticou a revogação das regras, afirmando que os padrões anteriores ajudavam a reduzir contas de serviços públicos e proteger o meio ambiente.

Dados da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) mostram que chuveiros representam cerca de 20% do consumo diário de água nas residências americanas. Além disso, o aquecimento da água responde por aproximadamente um quinto do gasto energético doméstico.

Para os especialistas, os modelos mais eficientes ajudam não apenas a reduzir o consumo, mas também a diminuir a emissão de gases do efeito estufa, contribuindo com metas globais de sustentabilidade.

Com a nova ordem executiva, Trump reforça seu posicionamento contrário às regulações ambientais promovidas pelas gestões democratas e reacende o debate sobre o equilíbrio entre liberdade individual, consumo e responsabilidade ambiental.